Falar sobre oração é sempre complicado e controverso. Algumas pessoas logo deixam de ler ou de ouvir qualquer palavra, ensino ou comentário sobre o assunto. Talvez, algumas tenham medo da pergunta “Como anda sua vida de oração“. E essa é uma típica pergunta que todos deveriam responder “Minha vida de oração poderia ser melhor”. Seria a resposta ideal para qualquer um, até mesmo para um grande “líder”.
A verdade é que o maior exemplo de pessoa de oração que temos é Jesus Cristo. Ele não teve grandes momentos de ensino acerca da oração, mas sua vida demonstrava a importância de se tecer a vida com oração.
Quando o apóstolo Paulo escreveu orai sem cessar, ele se referia a Cristo. Não significa que devemos não parar de orar um único segundo (o que não seria má idéia), mas sim que deveríamos tecer nossa vida com a oração!
Permita-me utilizar todos os meus conhecimentos filosóficos, sociológicos, teológicos, políticos, sociais e culturais (rsrs) para definir oração: orar é conversar com Deus. É simples tal como deve ser uma oração. Sendo assim, tecer a vida com súlplicas, orando sem cessar, é tão somente conversar com Deus em todo o tempo. Assim: você está dirigindo e conversando com Deus; você está na mesa do trabalho, digitando no Excel e conversando com Deus; ao acordar, você conversa com Deus, e antes de dormir você conta a Deus como foi o seu dia.
Orar é conversar com o Senhor, humildemente, respeitosamente e informalmente. Quando questionado sobre a maneira de orar, Jesus disse primeiro aos discípulos como não orar. “Quando orardes não façam como as pessoas religiosas”. É engraçado Jesus dizer que o exemplo de como não orar são justamente as pessoas que mais pareceriam ser o modelo de oradores. E eu digo assim: quando orar, não olhe para os grandes tele evangelistas, para o papa, para o pastor sênior da sua igreja, etc. Assim como Jesus instruiu, vá para o quarto e diga Pai Nosso…
Orar é conversar com Deus, tendo-o como Pai. Sinceramente, quando vou pedir a meu pai para me emprestar o carro, não faço assim “poderoso pai, venho te pedir que o senhor me empreste o seu carro, para que eu possa…”. Não há necessidade de tamanha pompa… é melhor e mais bonita uma oração que se faz humilde, respeitosa e informalmente: “Pai, o senhor poderia me emprestar o carro?”.
As pessoas deixaram de clamar porque pensam não saber orar “bonito” como o irmão o faz. Deus não quer orações com palavras difíceis, mãos erguidas e carinha de coitado. Deus quer um coração puro e sincero, orando com humildade, respeito e informalidade.
E, conforme diz Ed Rene Kivitz, “o resultado da oração não é necessariamente a mudança da realidade a respeito da qual se ora, mas a mudança da pessoa que ora.”