Agostinho de Hipona (354-430 d.C)
"Teu desejo é a tua oração; se o desejo é contínuo, também a oração é contínua. Não foi em vão que o Apóstolo disse: Orai sem cessar (I Ts. 5.17). Ainda que faças qualquer coisa, se desejas aquele repouso do Sábado eterno, não cesses de orar. Se não queres cessar de orar, não cesses de desejar."
Agostinho de Hipona (354-430 d.C)
"Atualmente estou tão ocupado que não posso passar menos de quatro horas por dia na presença de Deus."
Martinho Lutero (1483-1546)
"A oração é o antídoto para todas as nossas aflições."
João Calvino (1509-1564)
"Que melhor guia poderemos encontrar para oração além do exemplo do próprio Cristo? Ele se dirigiu diretamente ao Pai. O apóstolo nos mostra o que devemos fazer, quando diz que Ele endereçou Suas orações Àquele que era capaz de livrá-lO da morte. Com isso ele quer dizer que Cristo orou corretamente, visto que recorreu ao Deus que é o único Libertador."
João Calvino (1509-1564)
"Quando buscamos a Deus em oração, o diabo sabe que estamos querendo mais poder para lutar contra ele, e por isso procura lançar contra nós toda a oposição que é capaz de arregimentar."
Richard Sibbes (1577-1635)
"Na oração, é melhor ter um coração sem palavras do que palavras sem um coração."
John Bunyan (1628-1688)
"A oração fará o homem parar de pecar, ou o pecado o seduzirá a parar de orar."
John Bunyan (1628-1688)
"Sempre que Deus tenciona exercer misericórdia para com seu povo, a primeira coisa que faz é levá-lo a orar."
Matthew Henry (1662-1714)
"Se alguns cristãos que se tem queixado de seus ministros, tivessem dito e agido menos diante dos homens e tivessem aplicado a si mesmos com todo o seu poder clamar a Deus pelos seus ministros - teriam, por assim dizer, levantado e agitado o céu com as suas orações humildes, fervorosas e incessantes em favor deles, e teriam tido muito maior sucesso."
Jonathan Edwards (1703-1758)
"Pela fé e pela oração, fortaleça as mãos frouxas e firme os joelhos vacilantes. Você ora e jejua? Importune o trono da graça e seja persistente em oração. Só assim receberá a misericórdia de Deus."
John Wesley (1703-1791)
"Tenho passado dias e até semanas prostrado ao chão, orando, silenciosamente ou em voz alta."
George Whitefield (1714-1770)
"A oração é um instrumento poderoso não para fazer com que a vontade do homem seja feita no céu, mas para fazer com que a vontade de Deus seja feita na terra."
Robert Law (1788-1874)
"O que o homem é, é sobre seus joelhos diante de Deus, e nada mais."
Robert Murray McCheyne (1813-1843)
"Que seu molho de lã fique na eira da súplica até que seja molhado com orvalho do céu."
Charles H. Spurgeon (1834-1892)
"Sussurros que não podem ser expressos em palavras são freqüentemente orações que não podem ser recusadas."
Charles H. Spurgeon (1834-1892)
"A oração em si mesma é uma arte que somente o Espírito Santo pode nos ensinar. Ele é o doador de todas as orações. Rogue pela oração - ore até que consiga orar, ore para ser ajudado a orar e não abandone a oração porque não consegue orar, pois nos momentos em que você acha que não pode, é que realmente está fazendo as melhores orações. Às vezes quando você não sente nenhum tipo de conforto em tuas súplicas e teu coração está quebrantado e abatido, é que realmente está lutando e prevalecendo com o Altíssimo."
Charles H. Spurgeon (1834-1892)
"Aqueles que deixaram a mais profunda marca nesta Terra amaldiçoada pelo pecado foram homens e mulheres de oração. Você descobrirá que a oração é a força poderosa que tem movido não somente a mão de Deus, mas também o homem."
D.L. Moody (1837-1899)
"As minhas orações não mudam a Deus, mudam a mim mesmo."
C.S. Lewis (1898-1963)
"A boa pregação nasce da boa oração."
John Piper (1946)
"A oração é o meio escolhido por Deus para realizar os Seus propósitos soberanos através de homens submissos."
André Aloísio
"Deus não faz a nossa vontade quando essa se opõe à vontade d'Ele, mas somente quando está em harmonia com ela."
André Aloísio
Em sua primeira carta a igreja, Pedro fala sobre os últimos dias. Ele afirma diretamente: “Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração; tendo antes de tudo ardente amor uns para com os outros, porque o amor cobre uma multidão de pecados” (1 Pedro 4:7-8).
Pedro também menciona os últimos dias em sua segunda epístola. E mais, nessa carta ele se refere ao limitado tempo dele na terra. Ele diz à igreja, “Brevemente hei de deixar este meu tabernáculo” (2 Pedro 1:14). Ele está dizendo, em outras palavras, “Deus mostrou que meu tempo na terra é curto”.
Pedro sabia que o Senhor em breve o levaria ao lar celestial. No entanto, antes disso acontecer, o Espírito Santo deu a esse discípulo uma palavra para a igreja a respeito do fim dos dias. Sendo assim, lemos na segunda epístola de Pedro as últimas palavras de um pastor já à morte, e dirigidas aos crentes sob seu encargo.
Esse homem de Deus estava completamente ciente de que o mundo nunca acreditaria em sua mensagem sobre o fim dos tempos. Claramente, a mensagem de Pedro foi preparada para a igreja do Novo Testamento, tanto para o tempo em que a escreveu como para cada geração de crentes que se sucederia. É uma mensagem de aviso, ao profetizar o seguinte:
“Haverá entre vós falsos mestres, os quais introduzirão, dissimuladamente, heresias destruidoras... E muitos seguirão as suas práticas libertinas... movidos por avareza, farão comércio de vós...
“Virão escarnecedores com os seus escárnios, andando segundo as próprias paixões, e dizendo: Onde está a promessa da sua vinda? Porque, desde que os pais dormiram, todas as cousas permanecem como desde o princípio da criação... Aqueles que, seguindo a carne, andam em imundas paixões e menosprezam qualquer governo (terreno). Atrevidos, arrogantes, não temem difamar autoridades superiores...
“Virá, entretanto, como ladrão, o Dia do Senhor, no qual os céus passarão com estrepitoso estrondo, e os elementos se desfarão abrasados; também a terra e as obras que nela existem serão atingidas.
“Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de Deus, por causa do qual os céus, incendiados, serão desfeitos, e os elementos abrasados se derreterão” (2 Pedro 2:1-3, 10; 3:3-4, 10-12).
Como cristãos, cremos na Palavra de Deus quanto aos dias que hão de vir. E recebemos alertas dirigidos pelo Espírito através de santos vigias de Deus hoje. De fato, vemos a mão escrevendo na parede.
Ainda assim, uma pergunta importante se levanta para cada cristão hoje, como deve ter se levantado para os cristãos dos dias de Pedro.
Penso que é normal querer saber como iremos sobreviver aos tempos ameaçadores que hão de vir. Quando a tempestade chega, destruindo as fontes de recuperação, o que vamos fazer quanto aos empregos, casas, comida, vestes? Como avô, estou preocupado quanto ao futuro de meus filhos e netos, perguntando, “Como eles vão superar os tempos que hão de vir?”. Creio que essa é uma preocupação legítima para qualquer seguidor de Jesus.
Surpreendentemente, Pedro não dá conselho algum quanto a preparações físicas ou financeiras. Ele não fala nada sobre onde colocar o dinheiro para salvaguardá-lo, nada sobre como enfrentar uma crise de habitação, nada sobre como sobreviver ao aquecimento global ou à inflação. Pedro simplesmente não toca nesse ponto. Por quê?
Creio ser devido ao fato de Pedro já haver experimentado a pobreza, e em tudo isso ter experimentado a fidelidade de Deus. Como Pedro literalmente seguiu os passos de Cristo, ele vivia sem dinheiro. Para comer, os discípulos tinham de pegar milho do campo dos fazendeiros. A certa altura, quando precisaram de dinheiro, Jesus instruiu Pedro a olhar dentro da boca de um peixe, onde encontrou uma moeda.
Pedro sabia o que significava dormir sob as estrelas, sem cama ou travesseiro. Ele seguiu Jesus sem emprego ou qualquer meio de sustento. Ele possuía uma única troca de roupa e um par de sandálias. Resumindo, Pedro tinha de confiar na provisão de Deus para suas necessidades a cada dia. E dia após dia, Pedro viu essas necessidades sendo fielmente supridas.
Agora, em sua mensagem sobre o fim dos tempos, Pedro se concentra não em ter necessidades supridas, mas na importância de preparar nossos corações. Por isso ele diz, “Visto que todas essas cousas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade” (2 Pedro 3:11).
O apóstolo está nos perguntando, basicamente, “O que está no seu coração nesses últimos dias? Quem você está se tornando à medida que o fim dos tempos de aproxima? Você já sabe que Deus vai cuidar de suas necessidades físicas. Mas você está se preparando espiritualmente?”.
Se isso soa incomum para você, considere o que Jesus tinha a dizer quanto a se preparar para os últimos dias. Ele também nos deixou poucos conselhos sobre preparação física para as reviravoltas do fim dos tempos. Tal como Pedro, Jesus alertou dos tempos tumultuosos que haveriam de vir: guerras, rumores de guerras, conflitos étnicos e tribais, fome, tremores de terra, perseguições, dilúvios de iniqüidade que fariam com que o amor de muitos esfriasse. Ele também previu que exércitos marchariam Jerusalém adentro para infligir destruição terrível, demolindo o templo.
Diante dessa reviravolta terrível, Jesus pouco diz sobre como sobreviver a esses tempos. Ele não fala sobre como nos preparar para a perda de uma casa ou de um emprego, ou a quebra da economia. Ao invés disso, Ele nos instrui, “Portanto, não vos inquieteis, dizendo: Que havemos de comer? Ou: Que havemos de beber? Ou: Com que nos havemos de vestir? (Pois a todas estas coisas os gentios procuram.) Porque vosso Pai celestial sabe que precisais de tudo isso” (Mateus 6:31-32).
Pedro ecoa as palavras de Jesus quando diz, “Mas já está próximo o fim de todas as coisas; portanto sede sóbrios e vigiai em oração” (1 Pedro 4:7). Em suma, ele diz, “Eis aqui instruções básicas para se preparar para o fim dos tempos: sejam sóbrios de espírito. Fiquem calmos, não importa o que aconteça. Não há razão para entrar em pânico. Ao invés disso, levem tudo em oração”.
Agora mesmo, muitos cristãos estão em pânico. Pessoas que testemunharam a vida toda que Deus é quem as guarda, agora estão se desmanchando de medo à medida que nuvens da tempestade se ajuntam. Pedro está dizendo a eles, de forma bem simples, “Coloquem todos seus sentimentos naturais embaixo do controle da fé”.
Em seguida, Pedro nos fala para levar tudo a Deus em oração: “Vigiai em oração” (4:7). Somente buscando ao Senhor seremos capazes de controlar nossa ansiedade quanto aos tempos. Segundo Pedro, quanto mais negras as coisas ficam, mais devemos caminhar na paz e no descanso do Espírito Santo.
Agora mesmo o mundo secular está desesperado para encontrar calma em meio ao caos. Segundo o Wall Street Journal, lideres corporativos e outros em funções altamente estressantes estão recorrendo a yoga, mantras, cânticos chineses. Como cristãos, temos um Deus que promete nos manter em perfeita paz, se fixarmos nossas mentes em Cristo acima de qualquer coisa que aconteça no mundo.
Qual deve ser nosso único foco? Encontramos no próximo versículo, a exortação final desse apóstolo que está prestes a morrer. Pedro escreve: “Acima de tudo, porém, tende amor intenso uns para com os outros, porque o amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).
A conclusão de Pedro é, “Se você quer saber do que se trata sobrevivência – enxergar como Deus está guiando Seu povo nesses tempos – então mostre amor incondicional aos irmãos e irmãs. Isso tem tudo a ver com o futuro da igreja de Cristo”.
Aqui, diz Pedro, está a nossa preocupação mais importante. À luz da grande misericórdia que Deus mostrou a cada um de nós – à luz de Seu perdão incondicional dos nossos pecados passados, de Sua longanimidade cheia de compaixão para conosco – devemos estender as mãos com misericórdia àqueles que pecaram contra nós. E devemos perdoá-los como se nunca tivessem cometido tais pecados.
Você pode estar se perguntando, “O que o perdão tem a ver com o fim dos tempos?”.
Talvez, assim que leu o título você pensou, “Ótimo, o Pastor David vai nos mostrar especificamente, como sobreviver aos tempos de tribulação”. Já estou na metade da mensagem e, entretanto, você pode sentir que não recebeu nenhuma informação específica de mim.
Esse era o sentimento de um cristão que escreveu ao nosso ministério recentemente. Ele disse, “Você nos alertou fielmente sobre o holocausto econômico que viu chegando. Creio que você seja um homem reto. Mas certamente o mesmo Espírito de Deus que lhe mostrou essas coisas por vir, irá mostrar-lhe como devemos sobreviver. Um Deus bom não nos alertaria para depois não nos dizer o que fazer para atravessar a tempestade. Por favor, dê-nos uma palavra”.
Outro cristão escreveu, “Sinto-me enganado. Pedi a você conselhos financeiros sobre onde investir meu dinheiro e como salvar minha família quando a economia cair na depressão. Você me disse para orar e pedir ao Espírito Santo por direção. Foi a velha coisa teológica de se esquivar. Preciso respostas específicas”.
Amado, o que estou compartilhando aqui é a específica palavra do Senhor sobre o assunto. Pedro certamente era um homem piedoso, e através dele o Espírito Santo nos mostra exatamente o que Deus diz sobre como enfrentar esses últimos dias. Pedro está nos dizendo muito claramente, “Eis o ponto principal, sua preparação mais importante: Prepare seu coração. Se não lidarmos com isso, todas as outras preparações são em vão. Ao fim de todas as coisas, fique calmo. E fique de joelhos. Acima de tudo, pratique misericórdia e amor incessantes aos irmãos e irmãs. Perdoe e cubra os pecados deles”. “O amor cobre multidão de pecados” (1 Pedro 4:8).
Nesse último versículo, somos ordenados a “cobrir” aqueles pecados cometidos contra nós – significando que não devemos expor os pecados dos outros. “Servindo uns aos outros conforme o dom que cada um recebeu, como bons despenseiros da multiforme graça de Deus” (4:10). Quem o machucou ou feriu? Quem espalhou fofoca a seu respeito? Segundo Jesus, se você não perdoar e cobrir esse pecado, você é como o homem que foi perdoado de uma grande dívida, porém mais tarde quis esganar outro homem que lhe devia uns poucos reais.
Temos mais de 100 grupos étnicos freqüentando a Igreja de Times Square. Cristo unificou as muitas raças e grupos étnicos aqui em amor fraternal. A placa em cima das portas da nossa igreja diz, “A Igreja que o Amor está Construindo,” e esse amor é Jesus.
Percebo que essa união racial torna nossa igreja um alvo marcado pelo inferno. Em um mundo de ódio racial e agitações tribais, Deus nos abençoou com um testemunho poderoso. Em termos simples, Jesus é a fonte que quebra toda barreira, incluindo a da raça.
Muitas vezes na história de nossa igreja, sentimos a fúria das forças demoníacas vindo contra nossa amorosa união em Cristo. E não existe arma mais forte usada pelo inferno entre os crentes do que a falta de perdão.
Você pode dizer, “Mas não guardo rancor. Não tenho amargura contra ninguém. Tenho apenas um amor puro por meus irmãos e irmãs. Quando alguém peca contra mim, nunca exponho sua iniqüidade. Então, não vejo como a admoestação de Pedro se aplica a mim. O que ele tem a dizer a mim quanto a se preparar para o fim dos tempos?”.
A verdade é que a mensagem de Pedro aqui tem tudo a ver com o futuro da igreja de Jesus Cristo. Veja, Deus está preparando a igreja para um derramamento do Espírito para os últimos dias. Segundo os profetas, o Espírito Santo virá como grande onda sobre a terra, enchendo o povo de Deus com gozo quando o mundo estiver em reviravoltas. Isso, contudo, não vai acontecer em uma igreja onde as pessoas se apegam a mágoas - e feridas são deixadas abertas.
Pedro está nos perguntando, “Você quer estar preparado para o que está por vir? Você quer ficar completamente preparado quando tudo estiver sendo abalado? Então se assegure de que não tem nada no coração que impeça o fluir do Espírito de Deus. Algo maravilhoso está logo à frente. Assegure-se de não ficar de fora”.
Os profetas – desde Isaías, Jeremias e Ezequiel até aos profetas menores – revelam que nos últimos dias o Espírito de Deus irá cair mais uma vez sobre um povo preparado. Esse evento é referido como “a chuva da colheita”. Promete-se que ela será maior até do que qualquer “chuva anterior” (serôdia), que foi o poderoso derramar do Espírito no Pentecostes.
Essa profecia sobre uma última chuva refere-se a duas chuvas que ocorriam anualmente em Israel. As estações de Israel eram o oposto de hoje. A primeira chuva vinha no outono, regando as novas semeaduras. Isso simboliza o que ocorreu no Pentecostes, quando a “primeira chuva” caiu em um grande derramar do Espírito de Deus. Essa chuva regou a semente da Palavra, e ela cresceu e se espalhou até tornar-se a igreja que vemos hoje, espalhada por todo mundo.
A “última chuva” de Israel vinha na primavera, amadurecendo a safra pouco antes da colheita. Zacarias se refere a essa última chuva, um derramar do Espírito Santo nos últimos dias: “Pedi ao Senhor chuva no tempo da chuva serôdia, sim, ao Senhor, que faz os relâmpagos; e ele lhes dará chuvas copiosas, e a cada um erva no campo” (Zacarias 10:1).
Moisés dizia que simplesmente não poderia haver colheita sem outra chuva. O Senhor disse a Israel através dele, “Se diligentemente obedeceres a meus mandamentos... darei a chuva da tua terra a seu tempo, a temporã e a serôdia, para que recolhas o teu grão, o teu mosto e o teu azeite” (Deuteronômio 11:13-14).
Finalmente, Joel nos dá uma ilustração vibrante de como será quando vier essa chuva da colheita:
“Não temas, ó terra; regozija-te e alegra-te, porque o Senhor faz grandes cousas. Não temais, animais do campo; porque os pastos do deserto reverdecerão, porque o arvoredo dará o seu fruto, a figueira e a vide produzirão com vigor. Alegrai-vos, pois, filhos de Sião, e regozijai-vos no Senhor, vosso Deus, porque ele vos dará em justa medida a chuva (temporã); fará descer, como outrora, a chuva temporã e a serôdia.
“As eiras se encherão de trigo, e os lagares trasbordarão de vinho e de óleo. Restitui-vos-ei os anos que foram consumidos pelo gafanhoto migrador, pelo destruidor e pelo cortador, o meu grande exército que enviei contra vós outros. Comereis abundantemente, e vos fartareis, e louvareis o nome do Senhor, vosso Deus, que se houve maravilhosamente convosco; e o meu povo jamais será envergonhado. Sabereis que estou no meio de Israel e que eu sou o Senhor, vosso Deus, e não há outro; e o meu povo jamais será envergonhado” (Joel 2:21-27).
Joel está dizendo, em verdade, “Acorde, igreja! Olhe ao seu redor. O que vocês estão vendo acontecer foi profetizado. Está começando a chover, e o Senhor fez as nuvens brilhantes e cheias de água. O Espírito está preparando todas as coisas para a última grande colheita”.
O Diabo sabe o que está escrito na Palavra de Deus. E está determinado a impedir a grande colheita que sabe estar chegando. Ele liberou um ataque furioso à igreja, usando cada arma a seu alcance para remover a paz do povo de Deus. De fato, muitos cristãos têm sido esmagados pelas trevas que agora cobrem a terra, tudo posto em ação pela fúria da atividade de Satanás.
O amargor e o medo pairando sobre as nações deixam as pessoas se sentindo desesperançadas. Aqui nos Estados Unidos, as cortes criaram leis que se gloriam em perversões, tudo contra a vontade do povo. E isso dilacera a alma do justo. O resultado é perda de esperança e estresse, enfraquecendo o espírito e até mesmo causando doenças físicas.
Na casa de Deus, o pecado tem sido subestimado e o inferno deixado de lado. A igreja Episcopal está se dividindo devido ao casamento gay. Enquanto isso, os evangélicos – que supostamente carregam as tochas da Palavra de Deus – estão se concentrando mais na terra do que no céu, colocando energia em movimentos não centrados em Cristo.
Ouço pessoas piedosas perguntando hoje, “Será que desperdiçamos o dia da graça devido à nossa transgressão? Nossa geração ficará sendo conhecida somente pelas famílias desmembradas e igrejas áridas e mortas? Vamos definhar como Israel fez no Velho Testamento?”.
Segundo os profetas, não! Deus se levantará no meio das trevas e começará a chover o Espírito sobre Sua segunda casa.
Os israelitas nos dias de Ageu estavam desencorajados quanto ao novo templo que estavam construindo. Aquele trabalho parecia tão insignificante comparado a magnificência do primeiro templo. Ao refletir sobre as glórias passadas de Deus, eles choravam com desespero pela casa modesta diante deles. Ageu perguntou ao povo, “Quem dentre vós, que tenha sobrevivido, contemplou esta casa na sua primeira glória? E como a vedes agora? Não é ela como nada aos vossos olhos?” (Ageu 2:3).
Amado, a mesma pergunta se aplica a nós hoje. Você pode recordar grandes avivamentos do passado, onde o Espírito caiu poderosamente com multidões sendo salvas. Diga-me, você vê a vida da igreja hoje como se não fosse nada comparada com os tempos passados? Talvez você esteja desencorajado pelo quanto a casa de Deus tem definhado em poder e em testemunho durante sua vida.
Digo a você, a palavra que Deus deu a Ageu para a igreja é valida para nós hoje: “Meu Espírito habita no meio de vós... A glória desta última casa será maior do que a primeira, diz o Senhor dos exércitos; e neste lugar darei a paz” (2:5, 9).
No Pentecostes, o Espírito Santo caiu sobre um povo preparado estando “todos reunidos num só lugar” (Atos 2:1). Então, o que significa o povo “todo reunido” no mesmo lugar (mesma disposição mental)? Em termos simples, a misericórdia estava fluindo entre eles. Deixe-me explicar.
Considere aqueles que estavam em cena no Pentecostes, pessoas que hoje reverenciamos como pais da igreja. Alguns desses homens tinham pecado gravemente contra o Senhor e seus irmãos. Todos eles tinham de ser perdoados, seus pecados cobertos, ou a igreja nunca teria seguido em frente com a obra que o Espírito estava prestes a fazer.
Considere Pedro. Ele tinha blasfemado de forma terrível, ferindo tanto Jesus como os outros discípulos. Aquele corpo da igreja perdoou Pedro, e eles o cobriram tal que seu passado nunca se voltasse contra ele. Considere também Tiago e João, “os filhos do trovão”. Eles também tinham pecado gravemente, ofendendo seus companheiros discípulos quando professaram serem maiores que os demais. Eles também foram perdoados e cobertos.
Em verdade, nenhum dos presentes naquele dia deve ter dito, “Espere aí, Pedro. Quem fez de você o líder aqui? Você negou a Cristo”. Ninguém fez isso, pois seus corações tinham sido preparados através da misericórdia. E estavam prontos para receber o Espírito quando Ele veio no grande derramamento do Pentecostes.
Amado, é por isso que o foco de Pedro em suas epístolas está nas questões do coração. Ele sabia por experiência própria que todas essas coisas tinham de ser lançadas fora e perdoadas, para que o trabalho do Espírito não fosse impedido por alguma carnalidade. O mesmo é verdade para a igreja de Cristo hoje - nós que devemos receber Sua poderosa chuva da colheita. Vamos impedir esse trabalho do Espírito, falhando em perdoar? Ou estaremos preparados permitindo que a misericórdia flua através de nós para os outros?
À medida que a hora se aproxima, não quero nada no meu coração impedindo a obra de Deus. Ele está preparando Seu povo para receber sua última chuva. E estou determinado a continuar fazendo exatamente como Pedro instruiu: “Sede sóbrios. Levem tudo em oração. Mostrem misericórdia para com todos”. Insisto que você faça o mesmo. Ore pela chuva nesse tempo da última casa de Deus!
Deixo-o com essa poderosa imagem final: “Assentado sobre a nuvem um semelhante a filho de homem, que tinha sobre a cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada. E outro anjo saiu do santuário, clamando com grande voz ao que estava assentado sobre a nuvem: Lança a tua foice e ceifa, porque é chegada a hora de ceifar, porque já a seara da terra está madura” (Apocalipse 14:14-15). Assim é!
ESTA CASTA SÓ SAI COM JEJUM E ORAÇAO
Jesus disse que há castas de espíritos que só saem daqueles que eles possuem mediante a pratica do jejum e da oração.
Ora, esta declaração cria muitos problemas quando se a lê a partir de qualquer que seja a compreensão doutrinária.
Lendo isso, Pentecostais e seus parentes jejuam com a certeza de que o poder está na abstinência de água e comida — jejum —; acompanhados de oração pelo oprimido ou endemoninhado. Nesse caso, o poder é do jejum.
Também lendo isto os Reformados ficam agitados, pois, segundo a doutrina da Graça Soberana de Deus não haveria razão para jejuar, já que o poder não procede de nenhuma mecânica humana ou humanamente ativada como poder. Nesse caso o jejum é o problema; pois, supostamente, estaria tirando o poder da Graça invisível e transferindo-o para algo que facilmente viraria fetiche e paganismo.
Os Católicos por seu turno, lêem o que Jesus disse e dizem: “Oba! O rito tem poder!” No caso deles o poder está no rito.
Já os que fazem uma leitura mais leve e psicológica do texto de Jesus tendem a pensar que Jesus estava apenas dizendo que em meio àquela confusão toda — gente observando, discípulos brigando, um pai gritando; e Pedro, Tiago e João vindos da Transfiguração meio surtados de grandeza — não era possível ter concentração para tratar aquele caso. Nesse caso, o poder que o jejum daria seria o do foco e da concentração.
Ora, olhando para o que estava acontecendo, não tenho como dizer o que Jesus queria dizer além do que Ele disse.
Então, como vejo este texto?
Vejo-o sem problemas. Sim! Porque tudo o que leio no Evangelho não é para mim objeto de nenhuma tentativa de criar uma lógica sistêmica e doutrinária sobre qualquer coisa.
Para mim, em certas circunstâncias, havendo renitência por parte de um espírito imundo, eu jejuo, como já o fiz dezenas de vezes na vida.
Isso mesmo; sempre, em tais casos, jejuei sem nenhum conflito teológico e doutrinário!
Alguém pode ver um discípulo de Jesus (nos evangelhos) querendo saber como conciliar aquela declaração de Jesus com qualquer que fosse o pacote doutrinário?
Ora, para os discípulos que ouviram aquilo, a única coisa que ficou foi o que Jesus disse: Se o demônio mostrar renitência em deixar a sua vítima, jejuem.
Assim, não desejaram saber como ficava a “Graça”, a “Soberania”, o “poder absoluto do nome de Jesus”; ou mesmo como ficaria, diante de tal fato da renitência de demônios ao nome de Jesus, a doutrina da vitória da Cruz sobre todo principado e poder.
Tudo bobagem inventada do 4º Século em diante!
Os discípulos não eram filhos do “Cristianismo” (como nós); e nem foram doutrinados pelos teólogos patrocinados por Constantino; e, dele para frente, doutrinados pelos “pais” do saber de Deus na “Igreja”.
Não! Os discípulos eram apenas gente simples.
Para eles Jesus era o poder; e, uma vez que eles mandassem um demônio sair em nome de Jesus, esperavam que saísse; porém, não tendo sido assim naquele caso, ficaram perplexos ante a impotência constatada.
Quando Jesus chegou do Monte da Transfiguração e repreendeu o demônio e este deixou sua vítima, ao acrescentar após isso que os discípulos não puderam expulsar o demônio por sua falta de fé, e que em razão disso deveriam sempre jejuar e orar — eles não “teologizaram”, mas apenas aprenderam que em tais casos assim se deve fazer.
Para eles tudo era Graça de Deus. Inclusive orar e jejuar a fim de expulsarem um demônio insistente. Eles simplesmente não tinham nenhuma de nossas tolas e presunçosas questões. Jesus era o Senhor e o Mestre, o Filho do amor de Deus, o Messias, Aquele de Quem o Pai dava testemunho; e, para eles, isso bastava.
Além disso, criam que o jejum e a oração eram um meio de Graça.
Sim! O poder era de Jesus; e, ante Jesus, nenhum demônio ficou renitente; mas, como eles não eram Jesus, sua mente e coração deveriam estar alinhados na fé e na consciência, a fim de que aquilo que era poder e meio de Graça sobre eles (o nome de Jesus), não tivesse seu poder limitado pela falta de fé ou pelo medo deles.
Portanto, quando ouviram Jesus dizer o que disse, certamente eles não pensaram na força daquele demônio insistente, mas na sua própria fraqueza e falta de fé.
Assim, não transferiram o problema para os demônios, e nem buscaram uma conciliação teológica a fim de jejuarem de modo doutrinariamente sadio no intuito de expulsarem o demônio.
Não! Aquilo lhes veio como sendo para eles. Sim! Aquilo lhes veio como instrução de verdade e de sabedoria da parte Daquele que sabe o que diz; e, portanto, para eles era assim que deveria ser; e não algo a ser discutido.
Desse modo, quando Jesus disse que certas castas de demônios não saem se não por meio da oração e do jejum, os discípulos simplesmente pensarem em si mesmos, em como seus corações tinham aprendido o rito de dizer “sai em nome de Jesus” (“... pelo teu nome os espíritos se nos submetem..”) — mas, assim mesmo, continuavam sem fé ante qualquer que fosse a renitência.
Mais tarde, muitos anos depois, Tiago, o irmão de Jesus, ao escrever a sua epistola, disse: “Resisti ao diabo e ele fugirá de vós”. Ora, esta frase de Tiago é o equivalente a “esta casta não sai se não por meio de jejum e oração”.
Jejuar e orar é resistir ao diabo até que ele fuja!
Além disso, em tais casos, jejuar e orar é o meio de Graça pelo qual o discípulo foca sua fé em Quem tem o poder; deixando, assim, pelo jejum e pela oração, as distrações que diluem a fé longe de suas mentes.
Tendo ainda caminhões a dizer, mas entendendo o limite dessa comunicação, apenas concluo afirmando que a instrução para jejuar e orar ante a resistência do mal, é algo que não deveria causar nenhuma pergunta; pois, ante o mal, o que o coração sabe que deve ser feito é tudo aquilo que signifique perseverança na verdade e no que é bom.
Assim, Ele disse: Ante a renitência do mal, não tenham medo; jejuem e orem; resistam o mal com fé; e, assim, ele fugirá de vós.
Alguma dúvida?
Nele, que disse o que disse, e o que disse é,
Quando somos escravos? | Debaixo da lei | Princípios elementares da vida religiosa / Imaturidade espiritual | Legalismo |
Quando somos herdeiros? | Fé e Graça | Maturidade espiritual | Obediência com liberdade |
2. O santo vive em liberdade sob o espírito da lei, e não no claustro do detalhismo ético. Ele vê a moral cristã à luz do conjunto mais amplo de preceitos morais e do seu escopo principal: a glória de Deus e a felicidade humana; em vez de vê-la sob as trevas da obediência a detalhes morais, capazes de conduzi-lo à negligência do propósito essencial da norma ética.
3. O santo submete sua vida ao que as Escrituras revelam, o legalista procura impressionar a Deus com tolices criadas pelo homem. Para o santo, boa obra é apenas aquela que é praticada em amor e sujeição a preceito ético claramente revelado.
4. O santo sabe que entrará no reino dos céus pelo sacrifício de um outro que foi espancado e morto em seu lugar, o legalista não consegue entender uma relação com Deus que não seja baseada em performance.
5. O santo cai e se levanta, confiando mais na misericórdia de Deus do que na sua inocência, o legalista só se perdoa depois de haver expiado pessoalmente a sua culpa.
6. O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona com Deus através da lei.
7. O santo ficou viúvo da lei e casou com Cristo, o legalista mantém o matrimônio com a senhora lei.
8. O santo é cara de pau. Participa da festa do amor do Pai como se nada tivesse acontecido. O legalista recusa-se ir para o salão de festa sem antes passar pela senzala.
9. O santo usa as Escrituras para revelar o amor gracioso de Deus pelos pecadores, o legalista usa a Bíblia para justificar a sessão de apedrejamento do que pecou.
10. O santo surpreende-se com a doçura da graça de Deus, o legalista espanta-se com a estreiteza do caminho que leva ao céu.
11. O santo é bom e justo, já o legalista costuma ser apenas justo. Em suma, o santo é justo, o legalista é justiceiro.
12. As crianças adoram a companhia do santo, o legalista as espanta.
13. O santo não se sente livre para ser mau porque Deus é bom, o legalista tende a ser tão mau quanto o seu Deus.
14. O santo tem sempre alguém na vida com quem pode falar sobre suas fragilidades morais, o legalista procura ocultá-las até de si mesmo.
15. O santo encontrou na vida um Deus amável a quem cultua em amor, o legalista encontrou na vida um justiceiro celestial a quem cultua de olhos secos.
16. O santo é progressista, o legalista é conservador. O santo conserva o que ainda é útil, santo e bom; o legalista conserva o que é relativo, temporal e anacrônico. O santo lê Nietzsche, Foucault e Freud, e retém o que é bom, encontrando ouro no meio do lamaçal; já o legalista lê as mesmas pessoas sempre, mantendo uma vida intelectual antisséptica, que o priva de aprender com quem, embora não ofereça boas respostas, faz boas perguntas.
17. O santo celebra a vida, o legalista só se sente bem quando está mal.
18. O santo não busca uma santificação que o desnaturalize, o legalista tenta viver como anjo
19. O santo surpreende-se com a condescendência divina em face da sua fraqueza moral, o legalista não entende como não é mais abençoado em face do seu desempenho ético.
20. O santo se relaciona com Deus através de Cristo, o legalista se relaciona apenas com Deus. Por isso, o santo encontra o Pai, o legalista o Diabo.
*Antonio C Costa